Modernismo
Chama-se genericamente modernismo (ou movimento moderno) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam.
Encaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitetura, design, pintura, escultura e a música modernas.
O movimento moderno baseou-se na idéia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassados, e que fazia-se fundamental deixá-los de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a idéia de re-examinar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
A palavra moderno também é utilizada em contraponto ao que é ultrapassado. Neste sentido ela é sinônimo de contemporâneo, embora do ponto de vista histórico-cultural, moderno e contemporâneo abrangem contextos bastante diversos.
Tarsila do Amaral
A artista plástica paulista é a pintora mais representativa da primeira fase do movimento modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o Movimento Antropofágico nas artes plásticas.
Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino. Mais tarde, estuda com George Fischer Elphons. Em 1920, viaja a Paris e freqüenta a Académie Julien, onde é orientada por Émile Renard. Na França, conhece Fernand Léger e participa do Salão Oficial dos Artistas Franceses de 1922, desenvolvendo técnicas influenciadas pelo cubismo. De volta ao Brasil, em 1922, une-se a Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, formando o chamado Grupo dos Cinco, que defende as idéias da Semana de Arte Moderna e toma a frente do movimento modernista no país.
Casa-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realiza sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris. A partir de então, suas obras adquirem fortes características primitivistas e nativistas e passam a ser associadas aos Movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, idealizados pelo marido. Em 1933, passa a desenvolver uma pintura mais ligada a temas sociais, da qual são exemplos as telas Operários e Segunda Classe. Expõe nas 1ª e 2ª Bienais de São Paulo e ganha uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em 1960. É tema de sala especial na Bienal de São Paulo de 1963 e, no ano seguinte, apresenta-se na 32ª Bienal de Veneza.
Apesar de integrar-se ao Modernismo que surge no Brasil não participou da "Semana de 22"
Obra: Sol Poente (1929)
Partindo de um desenho ou de um guache como o pintor francês Fernand Léger costumava fazer, Tarsila constrói suas pinturas com desenhos preparatórios. A mostra tem uma temperatura francesa e é uma extraordinária ponte entre a cor em Paris naquele momento e o que se projetava como um Brasil moderno.
Nomes
Bruna Borges nº09
César Caressato nº23
Felipe Amorin nº28
Joice Garcia nº35
Luiza Volfa nº41
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